Entrevista por @leo.cucatti

Quais os 3 discos mais importantes da sua coleção? E quais os motivos dessa importância pra você? 

Os três discos mais importantes da minha coleção são: Sangue de Bode - A sombra que me acompanhava era a mesma do diabo, porque esse foi o primeiro lançamento do meu selo fonográfico Molotov Discos e marca o início de uma coisa muito importante para mim, e The Smashing Pumpkins - Siamese Dream e Mazzy Star - Among My Swan, porque são discos extremamente afetivos e marcaram momentos muito importantes na minha vida.

Já comprou um vinil só pela capa? 

Sim, inclusive faço isso com uma certa frequência no garimpo, hahaha. Tem certas capas que chamam minha atenção, seja por uma foto, ilustração, tipografia bonita, mais ainda quando eu não conheço simplesmente nada daquele disco, nem nome da banda, músicas, ficha técnica, enfim… Mas mesmo assim a capa me deixa muito curiosa pra saber qual som vai sair dali. Um que gostei muito foi o CJ & Co - Devil's Gun. A foto era a ilustração de um demônio verde segurando uma arma. Quando o disco chegou e fui ouvir, era um funk soul discoteca pesadíssimo e muito bom! Fiquei feliz. Mas tem outras experiências também. Às vezes a capa é péssima e o som é excelente, e às vezes também acontece que o som é muito bom e a capa é horrorosa.

Qual capa de disco te marcou visualmente a ponto de influenciar teu gosto estético ou artístico? 

Acho que não tenho uma específica, porque tem muitas que me influenciam, mas gosto muito das capas ilustradas do Black Flag e discos com retratos na capa, tipo aquela fotona bem clássica do primeiro Clube da Esquina do Lô Borges e Milton Nascimento.

O que faz um vinil ser “obrigatório” numa coleção hoje? É o artista, a edição, a raridade ou a ‘vibe’ que ele carrega? 

Acho que todas as opções são válidas. Tem certos artistas que precisam ser obrigatórios, tipo Michael Jackson, sabe? E, independente da edição, raros ou não, o disco precisa ter um significado para estar na sua coleção.

Você acha que os vinis novos têm o mesmo “peso” e “alma” que os antigos? 

Com certeza. Quem faz a alma do disco é o artista e a obra. A primeira edição é sempre legal, mas as reedições comemorativas de aniversário do álbum, ou um artista atual lançando um álbum novo em vinil, para mim, têm o mesmo peso de um disco antigo, basta ser uma boa prensagem e um bom som!

Na sua opinião, por que o vinil voltou com tanta força depois de tanto tempo fora de cena? 

Com certeza a pandemia influenciou muito a popularizar os discos, porque muita gente fez uma coleção de discos pelo ócio da pandemia, e muita gente vendeu suas coleções por precisar de um dinheiro nessa época. E, desde então, o mercado conseguiu furar a bolha dos disqueiros e atingiu um público mais jovem, que está conhecendo uma loja de discos pela primeira vez hoje em dia, e isso é muito legal, fora as outras coisas que influenciaram nesse “hype”, tipo usar o colecionismo como forma de sair um pouco da vida online, e a sensação maravilhosa de ter um disco que você ama em formato físico e analógico na estante da sua casa.

Existe espaço para selos independentes e artistas de rua dentro desse mercado de vinil atual? 

Claro! Acredito que tenha espaço para todos. Inclusive a Molotov Discos também é um selo independente e que nasceu da vontade de fortalecer a cena do underground.

Você já conhecia a Noise Propaganda? Alguma coisa te conecta com a estética e/ou manifesto da Noise — o ruído, o erro ou a liberdade? 

Todas as opções acima! Conheci inclusive numa feira de discos!

@natalia.gaio

@molotovdiscos

Adesivos @lumiprint

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