O que te levou a criar essa vaquinha e transformar seu trabalho em um projeto coletivo?
A necessidade sempre foi meu maior catalisador, é a partir da falta que surgem as minhas idéias. Tornar o projeto coletivo sempre foi sobre tornar o projeto grandioso, deixar de ser só meu porque afinal, sozinha eu não conseguiria. A vaquinha fez do meu álbum, o nosso álbum, fez pessoas acreditarem e eu acredito que quando existem muitas pessoas vibrando por algo, se torna inevitável.
Como o stencil e os adesivos entram na tua linguagem visual — o que eles significam pra você nas ruas?
Acredito que são uma extensão das minhas músicas, é um outro ponto de contato. Gosto de compor pra incomodar, faço músicas pra dançar com a mão no queixo, e a arte de rua incomoda, faz pensar ao mesmo tempo que causa desconforto. Portanto, é sobre fazer sentir algo, a minha música é só uma ponta.
Quais os desafios e potências de ser uma artista independente e financiar sua arte de forma autônoma?
Definiria como uma gangorra, entre altos e baixos impulsionados pela falta. Ser artista independente é equilibrar essas dualidades, é transformar o pouco em muito e, de certa forma, isso é uma dádiva. A liberdade de criar sem as expectativas do mercado e com o foco no público, permite experimentar, errar e encontrar minha própria verdade. Ao mesmo tempo, essa autonomia exige resistência e de fato muita correria e disposição pra continuar existindo.
Como a rua influencia tua criação — o que muda quando tua arte está num muro, num poste ou num adesivo?
A rua muda tudo. Quando minha arte está num muro, num poste ou num adesivo, ela passa a ter vida própria. Eu deixo de controlar quem vai ver, quando vai ver e como vai interpretar. Na rua, a arte encontra gente que não me conhece e que talvez nunca dê play na minha música, ela chega antes de mim. Também existe algo de ocupação, colocar minha voz, minha imagem, meu pensamento num espaço público é reivindicar esse lugar pra mim e pra quem se identifica comigo. A rua não pede aprovação e nem licença e ali minha arte insiste.
O que você espera que as pessoas sintam ou reflitam ao entrar em contato com esse novo trabalho?
Quero que as pessoas se identifiquem. Quero que possam se colocar nas minhas composições, e se questionem sobre o que eu digo. Sobre meu lado artístico, quero poder validar que não é mais “uma tentativa”, transmitir musicalidade, maturidade musical e de mercado. E por fim, quero que as pessoas sintam que fizeram parte desse projeto e possam enxergar a grandiosidade do que construímos.

@teresa023_
Fotografia: @seanvadaru
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